O alerce é uma árvore tipicamente chilena, também chamada de cipreste-da-Patagônia. Entretanto, a árvore que recebe o apelido de “Grande Avô”, com seus 30 metros de altura, é um exemplar especial.
Assim, o ‘bisavô’, que fica à beira de um desfiladeiro em uma floresta na região de Los Ríos, a 800 quilômetros ao sul de Santiago, Chile, é um notável exemplar de Fitzroya cupressoides.
Esta espécie de árvore, endêmica do sul do continente, tem a característica de ser a maior da América do Sul.
Mas, o ecossistema da região inclui várias outras espécies de árvores, como coigüe, pinho-de-plum e tepa.
Além disso, a área também é lar de uma diversidade de vida selvagem, incluindo sapos de Darwin, lagartos e aves como o chucao tapaculo e o gavião chileno.
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Em 2020, um significativo esforço científico foi empreendido para extrair uma amostra do “bisavô”, utilizando a broca manual mais longa disponível.
Qual a idade da árvore mais antiga do mundo?
No entanto, a equipe não alcançou o centro da árvore. Então, com base na amostra extraída, cientistas estimaram sua idade em torno de 2.400 anos, empregando um modelo preditivo para aproximar a idade total da árvore.
A estimativa sugere que “bisavô” poderia potencialmente ter cerca de 5.000 anos, sendo a árvore mais antiga do mundo. Há, porém, muitos debates em torno desse tema.
A importância do ‘bisavô’ se estende ao campo da dendrocronologia, ou seja, o estudo de datação dos anéis das árvores para determinar quando foram formados.
Mas, este método enfrenta desafios com árvores mais antigas, que muitas vezes têm um núcleo apodrecido, tornando a datação precisa difícil.
Desse modo, a idade do “bisavô” e as condições de seus anéis fornecem informações valiosas.
Essas árvores antigas são consideradas fundamentais para a compreensão das condições ambientais históricas.
Porque cada anel de uma árvore pode indicar anos secos ou úmidos, sendo a largura dos anéis um indicador chave.
Além disso, esses anéis podem registrar eventos naturais significativos, como incêndios e terremotos.
Por exemplo, o terremoto mais poderoso registrado da história, que atingiu a área em 1960, acredita-se ter deixado sua marca nos anéis de árvores como o ‘bisavô’.
Via: Tiempo
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