
Quando pensamos sobre galáxias, é comum visualizarmos mentalmente nossa amada Via Láctea, lar do Sistema Solar.
A menos que você seja um astrônomo, profissional ou amador, ou tenha o hábito de se aprofundar no assunto, a associação natural que fazemos é com galáxias de padrões espiralados.
Assim como a que nos acolhe.
Entretanto, a verdade é que galáxias espirais, como a Via Láctea, são notavelmente raras. Muito mais do que nós, simples mortais (ou seja, aqueles desprovidos de conhecimento científico sobre o tema), poderíamos imaginar.
O formato incomum das galáxias espirais foi recentemente abordado em uma reportagem do site Live Science, revelando que cientistas podem ter descoberto a razão por trás da predominância de galáxias elípticas em comparação às espirais em nossa vizinhança cósmica.
Este superaglomerado é distintivo por abrigar a Via Láctea, destacando-se de suas vizinhas devido à sua configuração espiral.
Outro exemplo notável de galáxia espiral é Andrômeda, situada a cerca de 2,54 milhões de anos-luz de distância da Terra, exibindo uma formação semelhante a um rodamoinho.
A Galáxia do Cata-Vento, também conhecida como M101, é mais uma espiralada digna de nota. Contudo, é mais comum encontrar sistemas galácticos no formato elíptico em nosso superaglomerado.

Conforme indicado por uma pesquisa publicada no periódico especializado Nature Astronomy, essa predominância pode ser atribuída às frequentes colisões galácticas na nossa vizinhança cósmica tumultuada.
Na década de 1950, o astrônomo francês Gérard Henri de Vaucouleurs notou que o plano onde a Via Láctea está inserida é composto principalmente por galáxias elípticas. Sendo as espirais, como a nossa, mais raras.
- Com o intuito de compreender tal discrepância, cientistas recorreram ao supercomputador conhecido como Simulations Beyond the Local Universe (SIBELIUS) para gerar simulações.
- A ideia era retroceder no tempo, simulando uma involução do superaglomerado ao longo de aproximadamente 13,8 bilhões de anos. Até o seu surgimento no Big Bang.
- Em seguida, eles desenvolveram um modelo que recriava a evolução desse vasto aglomerado de galáxias.
Conclusão
O professor de física Carlos Frenk, da Durham University, no Reino Unido, compartilhou detalhes intrigantes sobre o estudo conduzido por sua equipe. E afirma que a distribuição de galáxias em nosso plano superaglomerado é “notável”.
Frenk explicou que, embora a existência de galáxias espirais seja “rara, não é uma completa anomalia”.
As simulações realizadas pelos pesquisadores revelaram aspectos detalhados da formação de galáxias, incluindo a transformação de espirais em elípticas após fusões galácticas.
Em resumo, tanto a Via Láctea quanto outras galáxias espirais só mantiveram sua configuração devido à sua capacidade de evitar colisões com outras galáxias nas proximidades. Fascinante!
Fonte: Live Science