Um novo chip revolucionário está abrindo caminho para a computação de IA em velocidades nunca antes vistas.
Desenvolvido por engenheiros da Universidade da Pensilvânia, este chip utiliza ondas de luz em vez de eletricidade para conduzir cálculos complexos necessários para o treinamento de IA.
Esta inovação tem o potencial não só de aumentar drasticamente a velocidade de processamento dos computadores, mas também de reduzir significativamente o consumo de energia.
O chip, conhecido como chip de silício fotônico (SiPh), é o resultado de uma colaboração entre os renomados professores Nader Engheta e H. Nedwill Ramsey.
- Engheta é reconhecido com a medalha Benjamin Franklin por sua pesquisa inovadora no uso de luz para realizar cálculos matemáticos em nanoescala.
- Enquanto Ramsey é especialista na manipulação de materiais em nível nano para chips de computador em massa.
Ao combinar a manipulação da luz com o silício, um material amplamente disponível e barato, este chip representa um avanço significativo em relação aos chips convencionais, que ainda se baseiam em princípios desenvolvidos décadas atrás.
Velocidade para treinar Inteligência Artificial
Publicado na Nature Photonics, o artigo descrevendo o desenvolvimento deste novo chip destaca sua capacidade de realizar operações matemáticas cruciais para redes neurais, a espinha dorsal da inteligência artificial, em velocidades impressionantes.
Ao reduzir a espessura do silício em áreas específicas do chip, os pesquisadores conseguiram controlar a propagação da luz. Assim, permitindo que o chip conduza cálculos em velocidades incrivelmente rápidas.
Este design já está pronto para aplicações comerciais, podendo potencialmente ser adaptado para uso em GPUs, que estão em alta demanda devido ao crescente interesse em IA.
Além de oferecer maior velocidade e eficiência energética, este chip também promete maior privacidade. Já que, sua capacidade de realizar cálculos simultâneos elimina a necessidade de armazenar informações confidenciais na memória de trabalho do computador. Tornando-o altamente seguro contra ataques hackers.
Os pesquisadores enfatizam que esta inovação representa um passo significativo em direção a um futuro de computação ainda mais poderoso e seguro.
Via: Phys.org
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