O retorno à Lua foi oficialmente adiado pela NASA. O administrador da agência, Bill Nelson, anunciou na terça-feira que os EUA estão postergando o retorno dos astronautas à superfície lunar de 2025 para 2026.
Essa decisão surge em meio a desafios técnicos e atrasos significativos.
O projeto Artemis, batizado em homenagem à irmã de Apolo na mitologia grega, foi anunciado em 2017 como parte dos planos da NASA para estabelecer uma presença duradoura na Lua.
E com isso, ir aplicando o conhecimento adquirido lá em futuras missões, incluindo a exploração de Marte.
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A primeira fase, o voo de teste sem tripulação chamado Artemis 1, ocorreu em 2022 após diversos adiamentos.
Já o Artemis 2, com uma tripulação que não pousará na superfície lunar, teve seu cronograma adiado de final deste ano para setembro de 2025.
O Artemis 3, marcado para ter a primeira mulher e a primeira pessoa negra pisando no polo sul da Lua, está agora previsto para setembro de 2026.
Isso, devido à prioridade da segurança das equipes da missão em lidar com os desafios.
Além do retorno à Lua, a NASA planeja construir a estação espacial lunar Gateway, que servirá como ponto de atracação para espaçonaves em futuras missões.
A SpaceX, empresa de Elon Musk, conquistou o contrato para o sistema de pouso do Artemis 3 com base em uma versão do seu protótipo de foguete Starship.
Porém enfrenta atrasos e desafios técnicos após testes orbitais resultarem em explosões.
Esses atrasos têm impactos indiretos, afetando por exemplo:
- O desenvolvimento dos trajes espaciais;
- E até a necessidade de construir simuladores para que os astronautas possam familiarizar-se com os sistemas da espaçonave.
Anteriormente, o projeto Artemis 1 já revelou problemas técnicos, como a erosão inesperada do escudo térmico da cápsula da tripulação Orion. Além disso, houve danos mais severos do que o previsto na estrutura terrestre usada para lançar o gigante foguete SLS.
Em apoio ao projeto Artemis, em março de 2023, a NASA concordou em pagar cerca de US$ 40 bilhões a centenas de empreiteiros, conforme constatado por órgãos fiscalizadores.
Assim, uma diferença crucial entre as missões Apollo do século passado e a era Artemis é o crescente envolvimento de parcerias comerciais.
Isso faz parte de uma estratégia mais ampla para envolver empresas privadas na exploração espacial, visando reduzir custos e democratizar o acesso ao espaço.
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Fonte: Science Alert