Expondo Banksy: um coletivo anônimo por trás da arte de rua

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O notório artista de grafite, Banksy, está prestes a ser desmascarado em um caso de difamação que em breve será levado aos tribunais, acusando-o de usar o Instagram para instigar ladrões a atacar uma loja da Guess por ter utilizado suas imagens sem autorização.

Isso levanta questões sobre a preservação de seu anonimato, que muitos consideram vital para seu sucesso ao longo dos anos.

Houve inúmeras especulações sobre a identidade do artista, com Robin Gunningham de Bristol, Reino Unido, frequentemente citado como suspeito. Embora nenhuma confirmação definitiva tenha sido estabelecida.

No entanto, a verdadeira identidade de Banksy parece ser menos relevante do que se poderia imaginar.

Analisando as investigações sobre o artista ao longo dos anos, é evidente que estabelecer uma ligação definitiva entre Gunningham e Banksy é uma tarefa desafiadora. A menos que Gunningham decida revelar-se voluntariamente.

Além disso, descobrir quem é Banksy pode resultar em acusações de vandalismo e danos à propriedade contra o indivíduo em questão. Bem como, dissipar o mistério que o envolve.

No entanto, a verdadeira revelação é que Banksy não é uma pessoa, mas um coletivo de artistas. O tempo em que Banksy era um artista individual que rivalizava com Robbo, uma lenda do grafite de Londres, já passou.

Atualmente, é um grupo de artistas que trabalham em conjunto para criar instalações provocativas e subversivas. Como por exemplo, o sombrio parque de diversões Dismaland, o Walled Off Hotel na Palestina e a residência artística Better Out Than In em Nova York.

Um coletivo

Há especulações de que este coletivo inclui vários artistas conhecidos, como John D’oh, James AME72 Ame, e até mesmo Robert Del Naja, vocalista do Massive Attack. No entanto, essas são apenas conjecturas, pois, mais importante do que a identidade dos artistas envolvidos, é o motivo que levou Banksy aos tribunais recentemente.

O cerne da questão é a rejeição da marca registrada de Banksy pela União Europeia em 2021, em decorrência de uma disputa com o produtor de cartões de arte de rua Full Colour Black.

Banksy afirmou que o público tem o direito moral e legal de reproduzir, alterar e utilizar suas obras protegidas por direitos autorais. O que levanta dúvidas sobre a importância de sua identidade.

Em um esforço para manter o controle sobre sua obra e o que é considerado um “Banksy”, o artista lançou a Gross Domestic Product. Uma loja online e física que vende produtos associados à marca Banksy.

produtos Banksy em exposição na loja oficial
Produtos em exposição na loja Produto Interno Bruto de Banksy. (BasPhoto/Alamy)

No entanto, revelar publicamente esses detalhes não parece diminuir o interesse em sua arte nem afetar o valor de suas criações.

A verdade sobre Banksy é que ele evoluiu de um artista solitário para um coletivo de indivíduos que trabalham em conjunto sob a marca Banksy, com o apoio de um grupo de profissionais dedicados a proteger e autenticar suas obras.

Embora essa revelação possa parecer surpreendente, no final das contas, a arte e a mensagem por trás dela continuam a ser o foco central de sua notoriedade.

Fonte: The Conversation

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