
A nova vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, está sendo incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) pelo Ministério da Saúde, marcando o Brasil como pioneiro na oferta gratuita desse imunizante no sistema público de saúde.
A Qdenga, fabricada pela Takeda Pharma, será disponibilizada inicialmente de forma limitada, priorizando públicos e regiões com maior incidência da doença.
Apesar da expectativa de início em fevereiro, a capacidade de fornecimento ainda restringe a distribuição em larga escala.
A princípio, a vacinação contemplará pessoas de quatro a 60 anos, inclusive aqueles sem histórico de dengue.
Ao contrário da exigência de infecção prévia para a vacina Dengvaxia, aprovada anteriormente pela Anvisa.
O aumento dos casos de dengue em 2023, com mais de 1,6 milhão de ocorrências e o maior registro de mortes em um ano, motivou a urgência na implementação dessa nova estratégia de imunização.
A eficácia da Qdenga, que utiliza vírus atenuados da dengue, mostra variações de proteção para cada sorotipo:
- com destaque para os tipos 1 e 2
- enquanto para os tipos 3 e 4, os resultados são menos satisfatórios.
Embora apresente desafios, como a menor eficácia contra certos sorotipos, a vacina pode reduzir os riscos de formas graves da doença, especialmente em áreas endêmicas.

Essa nova vacina se diferencia da Dengvaxia, que exigia testes prévios de exposição à dengue. E que além disso, enfrentou limitações quanto à sua aplicação em larga escala devido a possíveis riscos de casos graves em indivíduos não previamente infectados.
Ainda assim, o governo brasileiro investe também na produção nacional de vacinas contra a dengue, com o Instituto Butantan avançando em pesquisas para oferecer uma alternativa nacional até o próximo ano, com resultados preliminares promissores divulgados no final de 2022.
Fonte: BBC Brasil