Nova e poderosa terapia para o câncer de pele reduz o risco de morte pela metade

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Felizmente, um novo tratamento contra o câncer de pele pode reduzir pela metade o risco de morte.

Um ensaio clínico de fase II para uma vacina contra o câncer de pele entregou resultados muito promissores.

Em desenvolvimento pela Moderna, a vacina é projetada para funcionar em conjunto com outro tratamento de imunoterapia chamado KEYTRUDA. O qual também ajuda o corpo a combater o câncer.

A KEYTRUDA é de propriedade da Merck (também conhecida como MSD), e o ensaio clínico em andamento é uma colaboração entre ambas as empresas farmacêuticas. Isso, para tratar pacientes que tiveram melanoma de alto risco retirado de sua pele.

Esperança

Quando os cientistas comparam com a terapia KEYTRUDA sozinha, dados iniciais mostram que ambas as medicinas em combinação reduzem o risco de recorrência ou morte nos próximos três anos em 49%.

Enquanto isso, o risco de o câncer se espalhar ou se tornar fatal diminuiu em 62% em comparação com a KEYTRUDA sozinha.

Kyle Holen, vice-presidente sênior da Moderna, diz em um comunicado de imprensa recente que está muito animado em ver “um benefício clínico tão robusto”.

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Inovação contra o câncer de pele

É a primeira terapia a mostrar um benefício significativo sobre a KEYTRUDA sozinha.

“Estamos comprometidos em impulsionar a pesquisa para modalidades inovadoras em estágios iniciais do câncer, onde podemos ter o impacto mais significativo para os pacientes, combinando a expertise em imuno-oncologia da Merck com a inovadora tecnologia de mRNA da Moderna”.

Marjorie Green, vice-presidente sênior do Merck Research Laboratories.

A tecnologia da Moderna é o que sustenta a vacina contra a COVID-19 da empresa.

O RNA mensageiro (mRNA) pode entrar facilmente nas células e fornecer instruções para certas proteínas que ajudam a combater patógenos.

Cientistas da Moderna explicam que estão usando esse conceito para “aproveitar o sistema imunológico do corpo para identificar e matar células cancerígenas da mesma maneira que o sistema imunológico identifica e ataca infecções”.

A vacina de mRNA projetada para melanoma em estágio III e estágio IV é chamada mRNA-4157 (ou V940).

Ela consiste em um código de mRNA sintético que detém a chave para produzir até 34 antígenos, que treinam e ativam a resposta antitumoral do paciente.

A KEYTRUDA, enquanto isso, funciona aumentando a capacidade do sistema imunológico de detectar e combater células tumorais.

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Resultado promissores

  • Um ensaio clínico de fase IIb em ambas as medicinas inscreveu 157 pacientes que tiveram seu melanoma de alto risco removido cirurgicamente.
  • Os pacientes receberam ou o tratamento combinado ou KEYTRUDA sozinho a cada três semanas por aproximadamente um ano.
  • A princípio, os efeitos colaterais do tratamento combinado não foram muito diferentes do KEYTRUDA sozinho.
  • Sendo assim, os sintomas mais comuns, que afetaram aproximadamente 50% dos pacientes, incluíram: fadiga, dor no local da injeção e calafrios.
  • Mas, o tratamento combinado provou ser tão eficaz que a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e a Agência Europeia de Medicamentos concordaram em acelerar a aprovação do medicamento para o futuro.

O cronograma dessa aprovação ainda não está claro, mas os cientistas já estão avançando com um ensaio clínico de fase III, e assim, os resultados devem ser divulgados até 2029.

Atualmente, a Moderna não é a única empresa trabalhando em vacinas de mRNA especializadas para o câncer. A Pfizer tem objetivos semelhantes, e a BioNTech recentemente ganhou destaque pelo desenvolvimento de uma vacina de mRNA personalizada para o câncer de pâncreas.

Até o momento, a FDA dos EUA aprovou apenas uma vacina anticâncer para o câncer de próstata, e ela proporciona apenas benefícios mínimos de sobrevivência.

Portanto, o futuro dessa tecnologia permanece incerto, mas esperançoso.

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Fonte: Science Alert

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