O período da Quaresma, que se inicia neste ano em 14 de fevereiro com a Quarta-feira de Cinzas, representa um momento significativo no calendário litúrgico da Igreja Católica.
Sendo assim, para os praticantes do catolicismo, pode-se entender esta fase como um tempo de introspecção, prece e generosidade.
Segundo o padre Rodrigo Thomaz, vigário da Paróquia Imaculada Conceição do Ipiranga e especialista em Teologia, podemos considerar a Quaresma como um “retiro espiritual” de 40 dias.
Durante o qual, os fiéis são convidados a se dedicarem à penitência, através do jejum, oração e caridade. Buscando a “conversão do coração”.
Este período é reminiscente da jornada de Jesus no deserto, narrada na Bíblia, onde ele jejuou e enfrentou tentações do Diabo após seu batismo por João Batista.
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Durante a Quaresma, a Igreja orienta os católicos a se prepararem espiritualmente para a celebração da Páscoa através:
- do arrependimento,
- da abstinência de certos prazeres e
- da dedicação à oração, ao jejum e à caridade.
Sendo assim, muitas vezes, isso se manifesta através de sacrifícios pessoais, como a abstenção de carne vermelha às sextas-feiras ou a renúncia a hábitos específicos.
Quanto à alimentação, a tradição sugere a abstinência de carne vermelha, privilegiando refeições simples.
Neste sentido, o jejum, seja parcial ou total, é um exercício de autocontrole e renúncia, destacando a dependência humana.
Assim, ele é obrigatório para os fiéis entre 18 e 59 anos, exceto em casos de saúde ou outras condições.
Recomendações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil incluem práticas como jejum, oração, caridade e obras de misericórdia, enquanto desencorajam excessos e práticas pecaminosas.
Após a Quaresma, a Igreja celebra a Semana Santa, período de profunda devoção que culmina na Páscoa, marcando a ressurreição de Jesus.
Essa semana inclui eventos como o Domingo de Ramos, a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira Santa, o Sábado Santo e o Domingo de Páscoa, cada um com sua própria significância na narrativa cristã.