Telescópio James Webb detecta buraco negro mais antigo já visto

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O telescópio espacial James Webb fez uma descoberta significativa ao detectar o buraco negro mais antigo já registrado.

Segundo os astrônomos envolvidos na pesquisa, esse corpo celeste prosperou logo após o Big Bang, desafiando a compreensão dos especialistas sobre a formação desses gigantes cósmicos.

Conforme um estudo publicado na revista Nature, o buraco negro identificado devorou sua galáxia hospedeira apenas 430 milhões de anos após o nascimento do Universo, durante o alvorecer cósmico.

Essa descoberta o coloca como 200 milhões de anos mais velho do que qualquer outro buraco negro massivo previamente observado, conforme afirmou Jan Scholtz, coautor do estudo e astrônomo da Universidade de Cambridge, à AFP.

Além da idade, a nova descoberta revela que o buraco negro possui uma massa 1,6 milhões de vezes maior que a do Sol.

Os especialistas apontam que seu tamanho gigantesco é resultado do tempo que o mesmo teve para crescer logo após o Big Bang, ocorrido há 13,8 bilhões de anos.

Scholtz destacou que essa novidade fornecerá informações valiosas para a próxima geração de modelos teóricos destinados a explicar a formação desses abismos cósmicos.

Como o telestópio encontra buracos negros?

Assim como todos os buracos negros, este é invisível e portanto, só é possível detectá-lo pelas intensas explosões de luz que acontecem ao engolir qualquer matéria próxima.

Esse fenômeno permitiu que o telescópio espacial Hubble, em 2016, identificasse a galáxia GN-z11, que abriga a nova descoberta.

Anteriormente, ela era considerada a galáxia mais antiga e distante observada. No entanto, o Hubble não conseguiu localizar o buraco negro oculto em seu centro.

Em 2022, o telescópio Webb superou o Hubble, tornando-se o telescópio espacial mais poderoso, resultando em uma série de descobertas.

Além de avistar o buraco negro no centro da GN-z11, o Webb identificou galáxias ainda mais distantes no tempo e no espaço. Portanto, superando as expectativas anteriores.

Durante o amanhecer cósmico, esse buraco negro consumiu energeticamente a GN-z11. Num período que ocorreu logo após a “idade das trevas” do universo, quando estrelas e galáxias estavam surgindo.

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