A evolução não é tão aleatória como cientistas pensavam

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A evolução revela-se menos imprevisível do que se pensava, de acordo com uma nova pesquisa conduzida por um grupo de cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.

Esta descoberta desafia um dos princípios fundamentais da Teoria da Evolução: a sua suposta aleatoriedade.

A análise do pangenoma de uma espécie bacteriana por meio de uma abordagem de aprendizagem de máquina conhecida como Floresta Aleatória revelou padrões surpreendentes.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), desafia a crença de longa data sobre a imprevisibilidade da evolução biológica.

E assim, mostra que a trajetória evolutiva de um genoma pode ser influenciada por sua história evolutiva, em vez de ser determinada por numerosos fatores e acidentes históricos.

Os pesquisadores identificaram “famílias de genes” e observaram como a presença ou ausência de determinadas famílias influenciava a evolução dos genomas.

Essas interações entre os genes sugerem que a evolução é mais previsível do que se pensava anteriormente, contradizendo a ideia de que as mutações são aleatórias.

As implicações desta descoberta são vastas.

Elas vão desde a possibilidade de projetar genomas sintéticos até o desenvolvimento de novos tratamentos médicos direcionados.

Por exemplo, entender as dependências entre os genes pode ajudar na identificação de genes que conferem resistência aos antibióticos, abrindo caminho para abordagens terapêuticas mais eficazes.

Além disso, esta pesquisa pode contribuir para esforços de mitigação das mudanças climáticas. Fornecendo informações sobre como podemos utilizar microrganismos sintéticos para capturar carbono ou degradar poluentes.

Em suma, esta descoberta desafia concepções anteriores sobre a imprevisibilidade da evolução e abre novas possibilidades para avanços na biologia sintética, medicina e ciência ambiental.

Fonte:  University of Nottingham

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