Estudo com genomas indica problemas de saúde relacionados ao abuso de cannabis

Estudo genético indica problemas de saúde ligado ao abuso de maconha; Cannabis; flor de cannabis; análise genômica aponta riscos de saúde e uso abusivo de maconha; pesquisa analisou genes de 1 milhão de pessoas que usam cannabis

Análise genômica revela implicações na saúde decorrentes do abuso de cannabis

Uma nova pesquisa conduzida pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, examinou os genomas (conjunto completo de genes), de mais de um milhão de pessoas. E assim, identificou uma conexão entre o abuso de cannabis e transtornos psiquiátricos, uso excessivo de outras substâncias, como tabaco, e até um risco elevado de câncer de pulmão.

O estudo que revelou essas descobertas foi publicado na revista Nature Genetics dia 20 de novembro. Sendo que os líderes da pesquisa foram Daniel Levey, professor assistente de psiquiatria, e Joel Gelernter, professor de psiquiatria, genética e neurociência.

“Compreender a biologia do transtorno por uso de cannabis permitirá uma melhor compreensão dos distúrbios associados e a divulgação adequada dos riscos ligados ao consumo de maconha.”

Daniel Levey

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Uso abusivo de maconha ou Transtorno por uso de cannabis

Pesquisas prévias indicaram que aproximadamente um terço dos usuários de maconha desenvolvem transtorno por uso de cannabis. Ou seja: um padrão problemático de consumo que resulta em prejuízos ou sofrimentos clinicamente significativos.

Nesse sentido, o novo estudo identificou que variantes genéticas relacionadas a três tipos distintos de receptores neurais estavam vinculadas a um maior risco de desenvolver transtorno por uso de cannabis.

Além disso, essas variantes associadas ao transtorno por uso de cannabis também apresentaram correlação com o desenvolvimento de câncer de pulmão, conforme constatado na pesquisa.

“Este é o mais amplo estudo genômico realizado sobre o transtorno por uso de cannabis, e à medida que mais estados nos EUA legalizam ou descriminalizam o consumo de maconha, estudos desse tipo podem esclarecer os riscos para a saúde pública associados ao aumento do seu uso”, observou Gelernter.

Para essa pesquisa, os cientistas examinaram um conjunto de variantes genéticas em indivíduos de diversos grupos ancestrais inscritos no Programa de Milhões de Veteranos. O qual é um dos maiores repositórios de dados genéticos do mundo.

Além disso, utilizou informações adicionais provenientes de diversos outros bancos de dados genômicos.

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