Aromaterapia: a ciência por trás dos óleos essenciais

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Olá pessoas 🙂

Bem-vindos à mais um mergulho em um assunto que envolve natureza, saúde, ciência e consciência. Sim, porque hoje vamos falar mais sobre o que é aromaterapia.

Vamos mergulhar no que é essa prática, como ela se encaixa no campo da saúde e quais são seus benefícios?

Então, chega junto e descubra porque os aromas podem ser muito mais do que só um cheiro bom, podem ser realmente terapêuticos.

O que é aromaterapia?

A aromaterapia é uma prática terapêutica que utiliza os óleos essenciais para promover o bem-estar físico, mental e emocional.

Esses óleos são compostos naturais e altamente concentrados, extraídos de plantas, flores, cascas, raízes e sementes.

Ainda que para nossa sociedade seja uma prática nova, a verdade é que o uso terapêutico desses óleos não é uma novidade. Visto que, civilizações antigas como a egípcia, grega e romana já os utilizavam para fins medicinais, cosméticos e religiosos.

Atualmente, a aromaterapia faz parte dos tratamentos que o SUS oferece, sendo uma prática de saúde integrativa e complementar.

Isso significa que ela não substitui a medicina convencional, mas pode ser usada em conjunto para melhorar a qualidade de vida e tratar uma variedade de condições.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde reconhecem a aromaterapia como uma terapia complementar, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

Como a aromaterapia funciona?

Os óleos essenciais atuam de duas formas principais:

  1. Inalação: Quando inalamos o aroma de um óleo essencial, as moléculas aromáticas viajam pelo nervo olfatório até o sistema límbico no cérebro. O sistema límbico é a parte do cérebro responsável pelas emoções, memória e olfato. Essa conexão direta explica por que um simples cheiro pode evocar uma memória ou alterar nosso humor instantaneamente.
  2. Absorção pela pele: Se aplicados na pele, os óleos essenciais podem ser absorvidos e entrar na corrente sanguínea, atuando no corpo todo. É importante ressaltar que a maioria dos óleos essenciais deve ser diluída em um óleo carreador (como óleo de coco, jojoba ou amêndoas) antes da aplicação tópica para evitar irritações.

Benefícios da aromaterapia, comprovados pela ciência

Diversos estudos científicos atualmente buscam investigar os efeitos da aromaterapia, revelando benefícios promissores. Tais como:

  • Redução do estresse e ansiedade: A inalação de óleos como a lavanda (Lavandula angustifolia) tem sido associada à redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Um estudo publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine (2012) mostrou que a aromaterapia com lavanda diminuiu o estresse e a ansiedade em pacientes em uma unidade de terapia intensiva.
  • Melhora da qualidade do sono: O aroma de lavanda também é amplamente conhecido por suas propriedades sedativas. Pesquisas indicam que a inalação do óleo de lavanda antes de dormir pode melhorar a qualidade do sono e reduzir a insônia, atuando no sistema nervoso central para promover o relaxamento.
  • Alívio da dor: Alguns óleos essenciais, como o hortelã-pimenta (Mentha x piperita) e o eucalipto (Eucalyptus globulus), possuem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. A aplicação tópica diluída do óleo de hortelã-pimenta em regiões de dor de cabeça, por exemplo, demonstrou aliviar a tensão e a dor.
  • Melhora do humor e cognição: pesquisadores analisam óleos como o limão (Citrus limon) e o alecrim (Rosmarinus officinalis) por seus efeitos energizantes. A inalação de óleo de alecrim, por exemplo, está associada à melhora da memória e do desempenho cognitivo, conforme um estudo disponível na Therapeutic Advances in Psychopharmacology (2012).

Bem, como você pôde ler, a aromaterapia é uma ferramenta poderosa para o autocuidado, mas é fundamental utilizá-la com segurança e conhecimento.

Nos próximos posts, vamos explorar a fundo óleos essenciais específicos, como escolher produtos de qualidade e como criar suas próprias sinergias. Fique ligado(a)!


Referências Bibliográficas
  • Koulivand, P. H., Khaleghi Ghadiri, M., & Gorji, A. (2013). Lavandula angustifolia Mill.: a review. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2013, 681304.
  • Lillehei, A. S., & Halcon, L. L. (2014). A systematic review of the effect of inhaled essential oils on sleep. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 20(6), 441-451.
  • Sayorwan, W., Siripornpanich, V., Hirunviriyakul, T., Kotchabhakdi, N., Inthornpan, S., & Hongratanaworakit, T. (2013). The effects of inhaled rosemary oil on subjective feelings and performance in adults. Therapeutic Advances in Psychopharmacology, 3(4), 213-220.
  • Ministério da Saúde – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/pnpic/

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