Cientistas desenvolvem célula que libera insulina ao som de rock

Cientistas criam célula que libera insulina ao som de rock. (Tesa Photography/Pixabay)

Imagine poder regular a liberação de insulina em seu corpo ao som de “We Will Rock You” do Queen.

Embora pareça surreal, esse cenário está cada vez mais próximo da realidade graças a uma equipe de pesquisadores da ETH Zurique, na Suíça.

Esses cientistas criaram uma célula capaz de produzir insulina, com a intenção de implantá-la em pacientes com diabetes.

Quando necessário, essas células liberam insulina na corrente sanguínea, mantendo a homeostase do corpo. No entanto, para ativá-las, é necessário um estímulo específico.

Até então, luz, temperatura e eletricidade eram os principais gatilhos testados. No entanto, os pesquisadores descobriram uma alternativa interessante: a música.

O mecanismo por trás disso é baseado em uma proteína encontrada na membrana da bactéria E. coli, que regula a entrada de íons de cálcio nas células.

Esta proteína responde a estímulos mecânicos, incluindo ondas sonoras.

Ao incorporar essa proteína nas células produtoras de insulina, os pesquisadores conseguiram ativá-las por meio da música.

Para determinar a eficácia desse método, os cientistas precisaram identificar as frequências e os níveis de volume ideais. Descobriram que frequências graves de 50 hertz e cerca de 60 decibéis eram os mais eficazes.

Não surpreendentemente, o rock se mostrou o gênero musical mais eficaz para ativar essas células.

No entanto, o processo possui medidas de segurança.

As células só liberam insulina quando expostas diretamente à fonte sonora correta, evitando a ativação por ruídos ambientais.

Além disso, as células levam quatro horas para recarregar sua reserva de insulina, garantindo que não liberem uma quantidade excessiva do hormônio.

Embora esse avanço seja promissor, sua aplicação clínica ainda está distante. O próximo passo envolve o interesse e o investimento de empresas farmacêuticas na produção em larga escala, após a publicação do estudo na revista The Lancet.

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