Exposição à fumaça de cigarro eleva probabilidade de câncer em cães, revela pesquisa
Pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, conduziram um estudo que relaciona a exposição dos cães à fumaça de cigarro com uma maior propensão ao desenvolvimento de câncer.
Grupo pesquisou uma raça com alta incidência de câncer de bexiga. Mas, o resultado serve de alerta para os efeitos do fumo passivo nos animais de estimação.
No caso específico dos terriers escoceses, os pesquisadores observaram que a probabilidade de desenvolver câncer era seis vezes maior para os cães expostos passivamente ao fumo.
Embora haja variações genéticas entre as raças, o estudo serve como um alerta para todos os tutores de animais.
“É importante que os donos compreendam que, ao reduzir a exposição de seus cães à fumaça, estão contribuindo para a saúde dos animais”, destacou Deborah Knapp, veterinária e coautora do estudo, em comunicado à imprensa.
“Encorajamos fortemente que abandonem o hábito de fumar, não apenas por sua própria saúde, mas também para garantir o bem-estar de seus animais. No entanto, qualquer medida para minimizar a exposição dos cães à fumaça será benéfica.”
Os cães absorvem os componentes químicos da fumaça do cigarro através da respiração ou do contato com roupas contaminadas (principalmente por meio de lambidas).
Desse modo, essas substâncias são posteriormente eliminadas pela urina, conforme relatado pela revista Newsweek.
Nesse sentido, a presença desses produtos na urina pode aumentar significativamente o risco de câncer na bexiga ou no trato urinário dos cães.
Além disso, a quantificação dessas substâncias na urina também pode indicar o nível de exposição de um cão à fumaça do cigarro.
“O câncer é resultado de uma interação entre fatores genéticos e ambientais. Ao longo dos anos, observamos esses cães e identificamos os fatores de risco que distinguem aqueles que desenvolvem câncer daqueles que não desenvolvem.”
explicou Knapp.
A pesquisa destaca a exposição à fumaça do cigarro como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de bexiga em terriers escoceses.
Mesmo quando os proprietários dos cães não são fumantes, já que os animais podem entrar em contato com roupas contaminadas pela fumaça.
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