A única certeza da vida é a morte, e agora, uma IA está prevendo isso com uma precisão de 74 por cento.
A princípio, essa inteligência artificial foi treinada usando uma vasta gama de dados, um método comum para ensinar máquinas a desempenhar tarefas humanas.
Entretanto, seu potencial é vasto, e na área da saúde, especialmente, sua influência pode ser revolucionária.
Recentemente, um estudo publicado na revista Nature Computational Science detalhou a criação de um chatbot, o ‘life2vec’, por pesquisadores das universidades dinamarquesas DTU, ITU e Northeastern. Tal chatbot visa prever a data da morte de uma pessoa baseando-se em análises de dados.
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O life2vec utiliza fatores que podem encurtar ou prolongar a vida, como diagnósticos de saúde mental e níveis de renda, para suas previsões.
Os dados de treinamento foram obtidos de seis milhões de dinamarqueses entre 2008 e 2016, mas não estão disponíveis para o público devido às leis de proteção de dados.
Assim como o ChatGPT, os pesquisadores podem fazer perguntas simples ao life2vec, como ‘morte dentro de quatro anos?’, e o chatbot fornece previsões.
De acordo com o estudo, essas previsões se mostraram corretas em cerca de 74% dos casos.
Os pesquisadores afirmaram ter usado um amplo conjunto de dados disponíveis na Dinamarca ao longo de vários anos, abarcando informações sobre saúde, educação, profissão, renda e mais. Eles exploraram os algoritmos para compreender os fatores subjacentes às previsões, abrindo caminho para descobertas que possam impactar diversos aspectos da vida.
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Inteligência artificial
Além da previsão de morte, a IA tem sido uma ferramenta crucial na saúde. Por exemplo, pesquisadores agora conseguem medir o fluxo sanguíneo dos pacientes de forma rápida e precisa, utilizando inteligência artificial.
Um estudo realizado pela University College London (UCL) e pela Barts Health NHS Trust, na Inglaterra, analisou imagens de exames de rotina por meio de técnicas automatizadas de IA. Essa abordagem visava predizer o risco de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC) com base no fluxo sanguíneo.
Analisando mais de mil imagens de pacientes, essa técnica identificou rapidamente o tratamento mais indicado para cada caso, usando ressonância magnética cardiovascular (CMR).
Sendo assim, esta aplicação da IA superou desafios na interpretação das imagens e previu problemas cardíacos, inclusive a morte.
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Segundo James Moon, professor da UCL, esses algoritmos estão ultrapassando as capacidades dos médicos. A IA está se tornando uma ferramenta valiosa no mundo da saúde, realizando tarefas com eficiência e precisão.
A visão do doutor Peter Kellman, dos Estados Unidos, destaca o poder da IA na medicina. Ele enfatiza o potencial da tecnologia de imagem assistida por IA para melhorar a detecção de doenças cardíacas, abrindo caminho para uma medicina mais personalizada.
Essas inovações prometem diagnósticos mais rápidos e uma melhor prevenção de doenças relacionadas ao fluxo sanguíneo, representando um avanço significativo na medicina moderna.
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Fonte: Canaltech