OMS pede proibição de cigarros eletrônicos com sabor e alerta sobre riscos

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) está pedindo uma ação decisiva em relação aos cigarros eletrônicos com sabores e destacando os perigos associados a esses produtos.

O recente alerta da OMS salienta a necessidade de tratamento equiparado entre os cigarros eletrônicos e o tabaco tradicional, defendendo a proibição de todos os sabores atrativos desses dispositivos.

Além disso, a organização enfatiza a urgência de medidas abrangentes para controlar esses produtos, incluindo regulamentações mais rígidas, imposição de impostos, fiscalização intensificada e esforços contínuos na área da saúde pública para reduzir o uso.

Não existem provas de que vapes ajudem a parar de fumar cigarros comuns

Os especialistas da OMS destacaram a falta de evidências substanciais que comprovem a eficácia dos vapes como ferramenta para ajudar fumantes a parar de fumar.

Pelo contrário, alertaram sobre os danos à saúde associados a esses dispositivos, ressaltando o risco de dependência de nicotina, especialmente entre não fumantes, como crianças e jovens.

A questão do uso excessivo entre jovens é preocupante, especialmente devido ao marketing agressivo das fabricantes.

A OMS enfatizou que os jovens estão sendo atraídos para o uso de cigarros eletrônicos desde cedo, podendo desenvolver uma dependência prejudicial à nicotina. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com esse padrão alarmante.

Recomendações

Embora a OMS não possua jurisdição direta sobre as regulamentações nacionais, suas recomendações são frequentemente adotadas pelos países voluntariamente.

No Brasil, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como vape, pod, jull e similares, foram proibidos desde 2009, embora o tema tenha sido trazido novamente à discussão em 2019.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública sobre a possível liberação dos cigarros eletrônicos no país.

E atualmente, está aceitando sugestões e comentários até fevereiro de 2024 por meio de um formulário em seu site.

Quem consome cigarros eletrônicos no Brasil?

Dados do Ipec revelaram um aumento significativo no uso de cigarros eletrônicos no Brasil. Com 2,2 milhões de usuários em 2022, quatro vezes mais do que em 2018. Sendo que, 6 milhões de adultos que fumam tabaco convencional já experimentaram os DEFs.

A preocupação com o uso entre os jovens é grave. Pois, a OMS estima que 70% dos adolescentes entre 12 e 17 anos que usam esses dispositivos o fazem devido à variedade de sabores disponíveis.

No Brasil, uma pesquisa recente indicou que um em cada quatro jovens entre 18 e 24 anos já experimentou vape.

Nesse sentido, eles apontaram a curiosidade como o principal motivo para o uso. Com apenas uma pequena porcentagem mencionando a intenção de abandonar o tabaco tradicional ou a crença de que os vapes são menos prejudiciais do que os cigarros convencionais.

Via Reuters

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