Medicamentos para disfunção erétil e dor no peito aumentam risco de morte precoce

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Estudo alerta para uso combinado de nitratos com medicamentos para disfunção erétil, tais como viagra e tadalafila

Aparentemente, medicamentos destinados a tratar disfunção erétil e dor no peito estão associados a um aumento no risco de morte precoce e insuficiência cardíaca.

Isto, segundo um novo estudo, divulgado no Journal of the American College of Cardiology nesta segunda-feira (15).

De acordo com a pesquisa, os inibidores da fosfodiesterase tipo 5, frequentemente utilizados no tratamento da disfunção erétil em homens com doenças cardiovasculares, tornam-se mais arriscados quando combinados com nitratos, medicamento comum para alívio de dores no peito.

O Dr. Daniel Peter Andersson, autor principal do estudo e professor associado do departamento de medicina do Instituto Karolinska em Estocolmo, destaca a importância de uma abordagem centrada no paciente ao prescrever tais medicamentos.

“Nosso objetivo é ressaltar a necessidade de uma consideração cuidadosa antes de prescrever remédios [como esse] para homens que recebem tratamento com nitrato”.

Dr. Daniel Peter Andersson.

Ele continua enfatizando a importância da pesquisa contínua sobre os efeitos ambíguos desses medicamentos em homens com doenças cardiovasculares.

A utilização simultânea de inibidores de fosfodiesterase tipo 5 em pessoas com disfunção erétil e doenças cardiovasculares vem sendo motivo de controvérsia.

Pois, esses medicamentos, juntamente com nitratos, podem induzir hipotensão, resultando em pressão arterial baixa.

Alta procura por esses medicamentos

Apesar das orientações clínicas desencorajarem a combinação desses medicamentos, observa-se um aumento nas solicitações de medicamentos para disfunção erétil por parte de homens com doenças cardiovasculares, conforme relata Andersson.

O estudo sueco incluiu 61.487 homens com histórico de doença arterial coronariana estável e intervenção coronária percutânea entre 2005 e 2013.

Os participantes receberam prescrições de nitratos e foram analisados quanto aos efeitos de também receberem inibidores de fosfodiesterase tipo 5.

Os resultados indicaram que o grupo que recebeu ambos os medicamentos apresentou um risco ligeiramente maior de morte prematura por todas as causas.

Além disso, apresentou também um risco duas vezes maior de revascularização em comparação ao grupo tratado apenas com nitratos.

O tempo médio de acompanhamento e as idades dos grupos foram diferentes, evidenciando as nuances dessa relação de risco.

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