
Qual é o mistério por trás da anomalia magnética que afeta o Brasil?
Conforme o próprio nome revela, a Anomalia Magnética do Atlântico Sul tem impacto principalmente na região Sul do Brasil.
Entretanto, a comunidade científica ainda não compreende completamente o fenômeno geofísico.
Esta anomalia, que abrange uma extensa área da América do Sul, incluindo parte do Brasil, especialmente a região Sul do país, permanece um fenômeno não totalmente desvendado pela ciência.
Diversos estudos têm contribuído para ampliar nosso entendimento sobre esse fenômeno intrigante.
A Anomalia Magnética do Atlântico Sul representa uma espécie de falha na proteção magnética da Terra localizada sobre o Atlântico Sul.
Mais especificamente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, estendendo-se até a África.
Uma de suas consequências possível de se observar é na operação de satélites em órbita terrestre.
Que neste caso, ao atravessarem a região com deficiência na proteção magnética, podem sofrer danos causados pelo fluxo de radiação cósmica.
Diante disso, a anomalia é objeto de monitoramento por agências espaciais, incluindo recentemente o Brasil, que lançou o nanossatélite NanosatC-BR2 para acompanhar essa peculiaridade magnética.
Anomalia Magnética do Atlântico Sul
Esse comportamento peculiar do campo magnético terrestre na região do Atlântico Sul remonta a aproximadamente 11 milhões de anos. Conforme indicado por estudos recentes publicados no Proceedings of the National Academy of Sciences.
Apesar disso, os cientistas afirmam que é improvável que a anomalia desencadeie uma reversão iminente do campo magnético global.
- O que já foi descoberto pelos cientistas revela que a Anomalia do Atlântico Sul é um ponto fraco no campo magnético terrestre. Que é responsável por proteger o planeta contra o vento solar e a radiação cósmica.
- Esse fenômeno ocorre devido à proximidade do cinturão de radiação de Van Allen interno do planeta em relação à sua superfície. Resultando assim, em um aumento do fluxo de partículas energéticas.
- Estudos conduzidos na ilha de Santa Helena, localizada na região da anomalia, mostram que o campo magnético nessa área tem sido historicamente instável ao longo de milhões de anos.
A análise de rochas vulcânicas revela variações na direção e força do campo magnético durante erupções antigas.
Essa instabilidade, embora relacionada às flutuações naturais do campo magnético terrestre ao longo do tempo, não sugere uma reversão iminente, de acordo com os pesquisadores.
Pesquisas adicionais descartam riscos significativos na aviação comercial devido à Anomalia Magnética do Atlântico Sul, focando-se principalmente em impactos observados em espaçonaves em órbita baixa da Terra.
Estudos revelam que, embora o fenômeno cause aumentos significativos nos níveis de radiação ionizante nessas áreas, não há indicação de aumento na exposição à radiação durante voos comerciais, proporcionando tranquilidade tanto para passageiros quanto para tripulantes na região do Brasil, América do Sul e Atlântico Sul.
Fonte: MetSul Meteorologia