Cogumelo medicinal Juba de Leão ativa crescimento neuronal e melhora a memória

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Cientistas descobriram que o cogumelo juba-de-leão, utilizado há milênios como fungo medicinal na Ásia, melhora a memória ao estimular crescimento de neurônios

Chegou a hora do cogumelo juba-de-leão brilhar no ocidente, cientificamente falando. Também conhecido pelo nome popular de Lion’s mane este cogumelo branco e de formato estranho é um fungo medicinal poderoso.

Principalmente se pensamos especificamente em como melhorar a saúde mental e em cuidados com o cérebro.

Já recomendamos antes aqui hábitos e atividades que melhoram a saúde cerebral, mas neste caso os benefícios medicinais para a memória vêm através da alimentação.

E como é bom poder melhorar a saúde de forma fácil no dia a dia comendo cogumelos! Ou apenas acrescentando o extrato de cogumelo medicinal na dieta!

O mais difícil mesmo é encontrar cogumelos frescos para comprar e comer, pois não é um alimento popular no Brasil. Mas aos poucos isso está melhorando.

Tradicionalmente na China e Japão consome-se muito cogumelo e sabe-se que é um alimento funcional com propriedades medicinais excepcionais.

Por isso, frequentemente os cogumelos são mencionados entre os alimentos que tem ação anticancerígena, por exemplo.

Atualmente este cogumelo de nome científico Hericium erinaceus está mais popular nas redes sociais e internet com diversas empresas vendendo online o extrato dele para fins medicinais.

Assim, os cientistas sabendo do uso do cogumelo em países asiáticos para manter a saúde e curar doenças desde a antiguidade, resolveram identificar os efeitos de seu uso nas células do cérebro.

Dessa forma, buscando comprovar cientificamente os benefícios para a saúde do cogumelo Lions mane pesquisadores da University of Queensland descobriram que este fungo auxilia no crescimento de neurônios no corpo humano e melhora a memória.

Testes pré-clínicos, ou seja, realizados em laboratório, mas não em voluntários humanos, já mostraram um efeito do juba-de-leão no crescimento neuronal.

Como o cogumelo medicinal juba-de-leão melhora a memória e ativa o crescimento de neurônios

Como o cogumelo juba de leão melhora a memória e ativa crescimento de neurônios: Os derivados de hericerina ativam uma via pan-neurotrófica nos neurônios centrais do hipocampo, convergindo para a sinalização ERK1_2, melhorando a memória espacial
Os derivados de hericerina ativam uma via pan-neurotrófica nos neurônios centrais do hipocampo, convergindo para a sinalização ERK1_2, melhorando a memória espacial

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Nos exames, observaram os efeitos neurotróficos dos compostos derivados do fungo (como a hericerina), nas células cerebrais em laboratório.

Isso foi possível através de microscopia de super-resolução, com neurônios coletados de 40 camundongos de laboratório utilizados no estudo.

Literalmente notou-se que as projeções neuronais foram amplificadas, ajudando os neurônios a se estender e se conectar a outros neurônios com mais facilidade.

O extrato do cogumelo H. erinaceus e seus componentes ativos aumentaram bastante o cone de crescimento das células do cérebro. As quais são essenciais para que elas consigam sentir o ambiente e estabelecer novas conexões com outros neurônios.

Segundo a equipe responsável, isso pode ter uma aplicação prática no tratamento e prevenção de distúrbios cognitivos neurodegenerativos, como o mal de Alzheimer.

Como a doença afeta a memória dos pacientes, a restauração da extensão neuronal pelo princípio ativo do fungo juba-de-leão conseguiria, frear o avanço da patologia ao facilitar a preservação de funções cerebrais como essa.

Conclusão

A ideia dos cientistas era identificar compostos bioativos naturais que conseguissem chegar até o cérebro e ajudar a regular o crescimento de neurônios, e o H. erinaceus conseguiu cumprir bem essa função.

Agora, os próximos passos do estudo, publicado no periódico científico Journal of Neurochemistry, avaliarão a capacidade dos compostos de mediar essas atividades cerebrais com sucesso.

Para verificar então, se realmente será possível utilizar esse benefício em pacientes com doenças neurodegenerativas — presumivelmente, por meio de testes clínicos com voluntários humanos.

Fonte: Journal of Neurochemistry

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