O que é para para que serve a Ozonioterapia, sancionada por Lula como tratamento complementar

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A ozonioterapia como terapia complementar à saúde é recomendada, especialmente, para questões odontológicas e estéticas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ratificou a lei que legitima a prática da ozonioterapia no Brasil como terapia auxiliar.

Durante a pandemia de covid-19, a terapia de ozônio gerou controvérsias quando políticos a recomendaram, mesmo sem evidências de eficácia contra o vírus.

Além disso, clínicas de beleza têm adotado a ozonioterapia para supostamente retardar o envelhecimento, embora sem validações científicas substanciais nesse sentido.

A Lei 14.648/23, aprovada por Lula e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (7), legaliza a ozonioterapia como procedimento complementar, ou seja, uma abordagem coadjuvante em conjunto com tratamentos convencionais.

Segundo a nova lei, a ozonioterapia está autorizada como procedimento adjuvante, sob as seguintes condições:

  • Para fazer a administração deve ser um profissional de saúde com formação superior e registro em um conselho regulatório.
  • Para fazer a aplicação deve-se utilizar um equipamento de geração de ozônio medicinal regulamentado pela Anvisa.
  • O profissional responsável pela aplicação deve informar ao paciente que o procedimento é complementar.

Ozonioterapia: uma Terapia Experimental

Atualmente, a ozonioterapia é uma terapia em fase experimental que envolve a introdução de ozônio no organismo através de diferentes métodos, geralmente combinado com líquidos.

O ozônio pode ser inserido diretamente na pele, no sangue ou por via retal, buscando conter infecções ou aumentar a oxigenação dos tecidos.

Devido às suas propriedades fortemente oxidantes e bactericidas, os profissionais utilizam o ozônio principalmente em contextos odontológicos e estéticos.

Até o momento, não existem evidências científicas significativas que sustentem outras aplicações médicas em pacientes.

Em julho, a Academia Nacional de Medicina emitiu uma carta aberta ao presidente Lula, solicitando o veto à lei em questão.

Na ocasião, a academia afirmou não ter conhecimento de trabalhos científicos que comprovem a eficácia da terapia com ozônio em qualquer cenário, além de destacar os riscos à saúde associados a essa prática.

O Conselho Federal de Medicina também manifestou oposição à ozonioterapia.

Após a aprovação da lei, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou um comunicado técnico emitido em 2022, enfatizando os perigos da utilização indiscriminada e inadequada da ozonioterapia, e elencou as indicações aprovadas pela agência até aquela data.

As aplicações terapêuticas aprovadas incluem:

  • Dentística: tratamento da cárie dentária com ação antimicrobiana.
  • Periodontia: prevenção e tratamento de condições inflamatórias e infecciosas.
  • Endodontia: intensificação da fase de limpeza do sistema de canais radiculares.
  • Cirurgia odontológica: auxílio na regeneração dos tecidos.
  • Estética: contribuição para a higiene e assepsia da pele.

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