Em um estilo didático, o material reúne informações sobre genética, histórico das plantas medicinais e fitoterapia, oferecendo um download gratuito neste link.
“A utilização global de medicamentos fitoterápicos (incluindo medicamentos fitoterápicos, suplementos dietéticos e alimentos funcionais) está em expansão, com uma taxa de crescimento aproximada de 6% ao ano, de acordo com estimativas”.
Claudia Barros Monteiro Vitorello.
A afirmação acima se dá, pela professora do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, na introdução da publicação ‘Plantas Medicinais e Fitoterapia: Tradição e Ciência’.
Dessa forma, ela ressalta que o aumento rápido da população humana está correlacionado ao aumento de doenças que afetam a humanidade.
E além disso, ao surgimento de patógenos, representando um risco para a saúde e o bem-estar dos indivíduos.
“Nessa perspectiva, e considerando a riqueza de propriedades farmacêuticas em espécies vegetais, torna-se evidente a necessidade de investir em pesquisas e estudos sobre os efeitos terapêuticos das plantas“.
Assim, assegura Claudia, orientadora do Grupo de Extensão de Plantas Medicinais (Geplam) da Esalq, responsável pela elaboração da publicação.
Atualmente, o material, que foi editado pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) está disponível para download gratuitamente.
O propósito da cartilha é oferecer uma nova perspectiva sobre as plantas medicinais, fornecendo ferramentas para que as pessoas compreendam seu uso e seus efeitos.
Em uma abordagem didática, a cartilha apresenta informações sobre genética, histórico das plantas medicinais e explicações sobre terminologias, incluindo respostas para perguntas frequentes sobre fitoterapia.
Os representantes do Geplam indicam que “as informações contidas no livro contribuem para ampliar a visão de mundo e instruir sobre caminhos e cuidados necessários no universo das plantas medicinais, aproximando a sociedade das perspectivas e avanços científicos na área”.
“O objetivo é conscientizar a comunidade sobre a importância de valorizar as qualidades das plantas medicinais em relação às suas propriedades fitoterápicas e ao conhecimento das comunidades tradicionais.
Além disso, buscamos esclarecer quem deve prescrever esses produtos, abordar aspectos relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade brasileira, e destacar os riscos associados ao uso indiscriminado, que, aparentemente inofensivo, pode levar a sérios problemas”, alertam os autores no início da obra.
Processo de produção
O desenvolvimento do material teve participação de estudantes dos cursos de:
- Ciências Biológicas,
- Ciências dos Alimentos,
- e pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas do Departamento de Genética;
- Além de profissionais como nutricionistas e biólogos.
O Geplam destaca que a ideia de produzir um material sobre plantas medicinais existe desde a criação do grupo. Mas, a sua concretização ocorreu a partir de 2021 entre os membros.
A iniciativa surgiu da necessidade de criar um material com informações precisas, seguras e amplamente acessíveis à comunidade, tanto dentro quanto fora da Universidade.
Para alcançar esse objetivo, a cartilha utiliza referências de autores brasileiros e de outros países, além de dados da legislação brasileira.
Esta edição recebeu apoio financeiro por meio de edital da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP.
Sabedoria tradicional e ciência
Ao contrário da simples identificação botânica e uso das plantas medicinais, a obra explora diversos aspectos relacionados.
Desse modo, combina a sabedoria tradicional associada às plantas com a ciência moderna.
Tudo isso, para responder às dúvidas comuns das pessoas sobre o tema, proporcionando uma compreensão mais completa sobre o uso das plantas medicinais.
“O Brasil, com sua vasta extensão territorial e variedade de ecossistemas, abriga uma diversidade única de plantas que podem conter segredos valiosos para a medicina e a saúde humana.
Ressaltamos que a riqueza da biodiversidade vegetal em nosso país nos proporciona um mundo ainda inexplorado de possibilidades quando o assunto é plantas medicinais e seus potenciais medicinais.
Portanto, valorizar essa biodiversidade não apenas contribui para a saúde da população, mas também para a ciência, a economia e a preservação de um patrimônio natural incomparável”, concluem os autores.
A cartilha ‘Plantas Medicinais e Fitoterapia: Tradição e Ciência’ está disponível no site da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq). Para baixar, clique aqui.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da Fealq.
Leia também: Aprenda como colher e secar ervas medicinais