Cientistas transformam babosa em um supercapacitor

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Isso mesmo, cientistas transformaram a babosa, planta popular no Brasil, em uma bateria natural

Essa planta, cujo nome científico é Aloe vera, frequentemente usada para decoração e cuidados pessoais, mostrou-se capaz de armazenar energia. Como uma bateria natural, após algumas modificações.

Primeiramente, famosa por suas propriedades medicinais e presença em produtos cosméticos, a babosa se revelou muito mais versátil.

Agora, além de embelezar interiores como planta de vaso, a Aloe vera pode funcionar como um supercapacitor.

Pois, esse dispositivo, que armazena energia de forma semelhante a uma bateria, tem a vantagem de realizar a troca de energia de maneira mais rápida.

Os pesquisadores chineses lideraram essa inovação, construindo um dispositivo desse tipo usando partes da babosa e um único material adicional: um fio de ouro.

Mais surpreendentemente: é possível integrar o supercapacitor dentro de uma planta viva, possibilitando alimentar luzes ou carregar pequenos dispositivos. Os detalhes desse avanço estão na publicação do periódico Small.

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Bateria x Supercapacitores

Comparado às baterias tradicionais, os supercapacitores possuem uma composição diferente.

Enquanto as baterias consistem em terminais elétricos (positivo e negativo) e um eletrólito, os capacitores têm eletrodos em formato de placas imersos em um eletrólito, separados por uma membrana.

Logo, essa configuração permite que eles armazenem grandes cargas elétricas.

Os cientistas utilizaram a casca da babosa, aquecendo-a a altas temperaturas para criar as placas dos eletrodos. A gosma viscosa encontrada no interior da planta foi congelada para formar um aerogel, funcionando como o eletrólito condutor de energia.

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Os pesquisadores implementaram o supercapacitor dentro de plantas vivas. Depois de carregadas por energia solar, elas podiam fornecer energia elétrica para luzes e pequenos eletrônicos. (Wiley-VCH GmbH 2023 / Biblioteca Online Wiley/Reprodução)

Esses supercapacitores em miniatura, com apenas 4 milímetros de diâmetro, foram incorporados dentro de plantas vivas, como a babosa, cactos bola de ouro (Echinocactus grusonii) e suculentas (Pachyphytum oviferum). Com painéis solares, os pesquisadores carregaram os capacitores das plantas, que eles chamam de ‘e-plantas’.

Com a energia acumulada, essas ‘plantas eletrônicas’ demonstraram ser fontes de energia para pequenas lâmpadas e relógios digitais.

No entanto, sua capacidade de armazenamento atualmente atende apenas a dispositivos de baixo consumo de energia.

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Fonte: Superinteressante

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