Ciência: a verdadeira razão por que homens são ‘melhores’ em ler mapas

homem olhando mapa no carro; homem e mulher segurando mapa

O motivo real por trás da suposta habilidade dos homens em ler mapas em comparação com as mulheres foi tema recentemente em um episódio do Saturday Night Live.

Onde Colin Jost, um dos apresentadores do quadro Weekend Update, fez uma piada sobre um novo estudo que sugeria essa diferença.

Embora a pesquisa disponível na revista científica Royal Society of Open Science tenha identificado uma discrepância na leitura de mapas entre homens e mulheres, as razões não são atribuídas a diferenças genéticas.

O autor do estudo, o professor Justin Rhodes da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, aponta para a possibilidade de que essa disparidade esteja relacionada ao treinamento, destacando, assim, as implicações culturais.

A Pesquisa

  • Rhodes e sua equipe analisaram 66 estudos abrangendo 21 espécies, incluindo humanos.
  • Na análise eles encontraram evidências de que em geral, os machos têm um melhor senso de direção do que as fêmeas em várias espécies.

No entanto, eles enfatizam que essa diferença está associada à prática e não a uma superioridade biológica.

Ao considerar dados de culturas de subsistência, os pesquisadores observaram que em populações onde os homens se dedicam mais à caça e coleta, eles demonstram um melhor senso de orientação espacial.

No entanto, em sociedades onde ambos os sexos compartilham igualmente essas atividades, as diferenças desaparecem.

Rhodes argumenta que a neuroplasticidade desempenha um papel significativo, indicando que o cérebro se reorganiza com base na experiência.

Ele sugere que, devido às influências culturais, os homens têm mais incentivo para atividades que aprimoram a orientação espacial, resultando em um desempenho ligeiramente superior.

Embora a pesquisa tenha recebido atenção humorística no Saturday Night Live, Rhodes destaca que a discussão muitas vezes se afasta do estudo real. Então, ele adverte contra interpretações distorcidas.

Ele expressa confiança de que essa discrepância não é biológica ou evolutivamente significativa. E por fim, sugere que a mudança cultural pode ser a chave para superar essas diferenças percebidas.

Via: BBC

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