Mulheres poderosas como Rebeca Andrade, Tarciana Medeiros, Jade Picon e Djamila Ribeiro conversaram com a Forbes ao longo do ano e assim, transmitiram ensinamentos valiosos às leitoras.
Sem dúvida, as mulheres tiveram conquistas inéditas em 2023, especialmente no Brasil.
Vicky Safra, por exemplo, se tornou em março a primeira mulher a liderar a lista das pessoas mais ricas do Brasil, com patrimônio estimado em R$ 87,8 bilhões. Já no meio corporativo, elas atingiram a taxa recorde de 17% de ocupação feminina nas presidências das empresas brasileiras.
Tarciana Medeiros, por sua vez, foi a primeira mulher a presidir o Banco do Brasil, a instituição bancária mais antiga do país. Em seu primeiro ano de mandato, Medeiros vem promovendo mudanças em prol da diversidade no tradicional banco. Ainda neste ano, a Forbes a considerou uma das mulheres mais poderosas do mundo.
No esporte, a Copa do Mundo Feminina atingiu audiências nunca antes vistas. Ao mesmo tempo, Bia Haddad foi a primeira brasileira da era Aberta a chegar à final de um Grand Slam e a equipe brasileira feminina de ginástica olímpica conquistou uma prata inédita no campeonato mundial da modalidade, que aconteceu na Antuérpia.
Algumas das mulheres que atingiram esses marcos foram entrevistadas pela Forbes ao longo do ano de 2023.
E assim, elas trouxeram ensinamentos importantes e inspiradores para lembrarmos da perseverança feminina em 2024.
“A conexão só pode acontecer com autenticidade e transparência”, afirma Medeiros sobre como fazer as pessoas se identificarem com suas publicações no LinkedIn. “Sou uma mulher nordestina, fui feirante e professora, sou mãe e cheguei à presidência de uma empresa que eu amo trabalhar. Tudo isso faz parte de quem eu sou, de como penso e de como escrevo as minhas postagens. Isso significa, por exemplo, não me furtar a usar as mesmas gírias e expressões regionais que estão também na minha fala.”
“Ter construído uma carreira empreendedora, que inclui negócios que não deram certo, também me ajudou no desenvolvimento de habilidades que hoje são utilizadas nos conselhos”, diz Ana Fontes o papel que ocupa hoje em conselhos de administração de empresas como Avon, Plan International Brasil e Unimed Seguros.
“Teve noites que eu fui dormir chorando, mas eu nunca pensei em desistir”, diz Picon sobre as críticas que sofreu por sua atuação na novela Travessia, da TV Globo. “Ao final da novela, eu já tinha feito muitas coisas e a resposta do público para o desfecho da minha personagem foi muito positiva, o que fez que todo o esforço valesse a pena e me trouxe a certeza de que você nunca pode desistir de um sonho seu.”
“Adiei esse momento por vários motivos e outras prioridades na minha vida”, diz Ribeiro ao contar sobre as motivações, sendo uma delas a sua filha de 18 anos, para tirar a CNH aos 43.
“Eu tento tirar a complexidade das coisas e das relações para produzir de uma forma mais simples e objetiva. Faço um constante esforço para manter a simplicidade e acho que isso contribui para ser relevante hoje”, diz Bastos sobre como continuar trabalhando sua relevância no mercado nos dias de hoje.
“Sempre fui disciplinada e planejada, mas neste momento tive que aprender a viver um dia de cada vez”, conta Vichi que, em agosto deste ano, passou por cirurgia para combater um câncer de mama enquanto negociava a venda de parte da Kopenhagen para a Nestlé.
“Eu diria que muito solitário, é muito doloroso esse lugar”, disse Sant’Anna em live com Forbes Mulher sobre como é seguir uma carreira como a sua. “Então, procure outras pessoas, outras meninas negras que possam dar suporte afetivo e emocional para que você consiga seguir em frente. Hoje recebo muitas mensagens de meninas dizendo que escolheram a área jurídica por sua causa. Quando eu ouço isso, me animo também.”
Saúde Mental Importa
“De algumas coisas vale a pena a gente abrir mão por causa da nossa saúde, e foi isso que eu aprendi com ela [Simone Biles]. O respeito que ela se deu para ficar mais afastada e voltar para o seu eixo foi essencial e algo admirável”, disse a ginasta à Forbes sobre o que aprendeu com o afastamento de Simone Biles das competições.
“Muita gente passa grande parte da vida buscando os títulos, mas nem sempre é isso que vai te dar a sensação de sucesso”, disse em palestra do Festival RME sobre lições que aprendeu ao longo da sua trajetória profissional, desde que fundou o primeiro negócio aos 12 anos.
“Existe uma cultura de conseguir o máximo com o mínimo de esforço, mas eu sempre dei tudo de mim para alcançar meu 100%”, diz Massei sobre ser a única mulher na sua turma de formandos em engenharia aeronáutica e ouvir comentários machistas na sua trajetória até se tornar CEO.
Fonte: Revista Forbes