A recente notícia da necessidade de transplante cardíaco para o apresentador Faustão suscitou debates sobre doações e transplantes de órgãos no Brasil.
Visto que desde o início deste mês, Faustão, símbolo da TV dominical, está internado por insuficiência cardíaca, requerendo hemodiálise e medicamentos.
Nesse sentido, no Brasil, atualmente, 386 pessoas aguardam um coração para transplante, segundo p Ministério da Saúde.
Como funciona a doação de órgãos no Brasil:
- Nas questões de doação, a compatibilidade sanguínea é essencial.
- Doadores vivos podem doar rim, fígado, pulmão ou medula.
- Parentes até 4º grau ou cônjuges podem doar em vida.
- Não parentes necessitam de autorização judicial.
- Doadores falecidos podem ceder coração, pulmões, fígado, rins etc. se morte cerebral ocorrer.
- Caso contrário, apenas tecidos são viáveis.
Sobre transplante e doação de órgãos: o que diz a Lei
A legislação exige consentimento familiar para transplantes.
O Ministério da Saúde recomenda comunicar a família para respeitar desejos expressos, embora não garantidos por lei.
Não é obrigatório registro formal; basta autorização familiar.
A falta de informação é barreira para doações. No último ano, 45% das famílias recusaram doar.]
Quem não pode doar órgãos e tecidos
Restrições para doação incluem ausência de documentação ou idade inferior a 18 anos sem consentimento.
É importante ressaltar que o intervalo entre a retirada do órgão e o implante do mesmo é crucial.
Assim, o prazo entre a retirada do órgão do doador e o seu implante no receptor é chamado de tempo de isquemia.
Sendo o limite máximo de isquemia normalmente aceitos para os principais órgãos de transplante o seguinte:
No momento, 66 mil pessoas esperam transplante no Brasil, sendo 386 aguardando um coração.
Definitivamente o Brasil é referência global em transplantes.
É possível ‘furar a fila’ de espera?
Não, não é possível “furar a fila” para transplante, porque as prioridades baseiam-se em situações clínicas críticas.
No transplante, o sucesso depende de diversos fatores, incluindo tipo de órgão e aderência a medicamentos.
E desse modo, a expectativa de vida após um ano é cerca de 70%, tanto para o órgão quanto para o paciente.
Logo, o transplante não cura, mas prolonga vida com qualidade.
Para isso, tomar a medicação imunossupressora é essencial para evitar rejeição, pois a rejeição pode resultar na necessidade de um novo transplante.
Por fim, o acompanhamento da saúde com os profissionais adequados é obrigatório.
Fonte: BBC