Mushroom Coffee: conheça o suplemento alimentar à base de cogumelos pioneiro no Brasil

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Descubra o primeiro suplemento alimentar com nutrientes de cogumelos disponível no país

Ao concluir o ensino médio em São Paulo, Marina Batah escolheu a Califórnia como seu novo lar. Na época estudante de psicologia, ela se viu imersa no vasto mercado de bem-estar da região, um dos maiores dos Estados Unidos, tanto antes quanto durante a pandemia.

Nesse cenário, é comum encontrar uma variedade de suplementos derivados de “superalimentos“, alimentos ricos em vitaminas e minerais, especialmente cogumelos funcionais.

Apesar de saturado na Califórnia, esse mercado não era — e ainda não é — totalmente explorado no Brasil.

Assim como o Canabidiol, suplementos à base de cogumelos, mesmo não sendo psicodélicos, requerem aprovação da Anvisa, um processo que pode se estender por meses.

Em 2022, ano em que o New York Times destacou os cogumelos como alimento do ano, Marina retornou ao Brasil e vislumbrou uma oportunidade nesse nicho pouco explorado, especialmente como suplemento.

Ela sabia que seria necessário abordar o tema tanto no âmbito do consumo quanto da regulamentação.

Cogumelos no Brasil

Meses de debates online com entusiastas do assunto e estudos foram necessários para regularizar um produto à base de cogumelos.

Apesar de, atualmente encontrarmos cogumelos comestíveis facilmente nos supermercados brasileiros, o processo burocrático não está relacionado ao cogumelo em si, mas sim à sua forma de processamento.

No Brasil, é permitido cultivar e consumir cogumelos, mas a comercialização de produtos que alegam funcionalidades específicas é sujeita a restrições.

A relativa escassez de estudos sobre o tema ainda, também aumenta a burocracia. O caso de Marina não é único, pois há novos processos legais na Anvisa para outros tipos de cogumelos.

Somente em março de 2023, a agência concedeu a primeira autorização. Tratava-se de um extrato de cogumelo originado da Filadélfia, EUA, produzido organicamente a partir do tipo ‘Paris‘.

O Mushroom Coffee

A matéria-prima sustentável passa por um tratamento de raios UV, que aumenta a concentração de vitaminas no cogumelo enquanto ele cresce.

Ao saber disso, Marina se apressou para importar o extrato, que adquiriu alto valor agregado ao se tornar um suplemento processado a partir de cogumelos.

Embora não houvesse produtos semelhantes no Brasil, a hashtag “Mushroom Coffee” (café de cogumelos) já acumulava mais de 20 milhões de visualizações no TikTok globalmente.

Observando o sucesso das misturas “ready-to-drink” no Brasil, com marcas como SuperCoffee e Holistix, Marina decidiu criar um café funcional em pó que destaca os benefícios do extrato de cogumelo, como as vitaminas D e B12.

Enquanto o café coado tradicional pode causar vício, ansiedade e insônia, o café com cogumelos contém uma quantidade reduzida de café normal, ou seja, menos cafeína.

Assim, o Mushroom Coffee promete melhorar a imunidade, aumentar a energia e reduzir os níveis de estresse.

Mas, em um mercado repleto de suplementos nutricionais, como os cogumelos se destacam?

De acordo com um relatório da Mordor Intelligence, o mercado global de cogumelos funcionais deve atingir US$ 32 bilhões em 2024, podendo chegar a US$ 48 bilhões até 2029.

Por isso, a marca já está prospectando novos produtores de extratos de cogumelos.

“Após apresentar todo o estudo que venho realizando no Brasil, uma empresa da Finlândia demonstrou interesse em nosso mercado e já deu início ao processo para trazer uma nova matéria-prima, pois são os maiores produtores de cogumelo medicinal na Europa.”

Marina Batah.

A preocupação não se limita apenas aos produtores, mas também ao consumidor.

Para alcançar clientes e conscientizá-los sobre os benefícios do produto, a marca investe em vídeos didáticos nas redes sociais, mas sua grande aposta está no varejo físico.

A primeira parceria foi com uma sorveteria em São Paulo, a Diblu Gelato, onde é possível encontrar um sorvete com o Mushroom Coffee.

Agora, a estratégia é conquistar mercados específicos na capital paulista, como a Frutaria São Paulo e a Casa Santa Luzia.

Fonte: Exame

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