Pesquisas avançam em tratamento de Parkinson com imãs no cérebro

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Cientistas tem avanço na abordagem do tratamento do Parkinson utilizando ímãs no cérebro

Através do controle remoto de ímãs minúsculos, pesquisadores conseguiram ativar neurônios específicos, proporcionando alívio nos sintomas da doença de Parkinson em ratos de laboratório.

Denominada magneto-genética, essa técnica representa uma inovação na estimulação cerebral profunda elétrica (DBS), já reconhecida como uma forma de tratar distúrbios do movimento.

No entanto, ainda considera-se este procedimento invasivo e arriscado.

  • Em linhas gerais, o método original envolve a implantação de eletrodos no cérebro;
  • seguida pelo envio de sinais elétricos através de fios por meio de um pacote de bateria,
  • ativando as células nervosas na região chamada núcleo subtalâmico (STN).

Até agora, essa abordagem aliviou tremores, rigidez muscular e movimentos involuntários.

Mas, não sem potenciais efeitos colaterais, como hemorragia cerebral e danos nos tecidos, limitando sua recomendação a pacientes com Parkinson em estágios avançados.

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  • A abordagem inovadora consistiu na criação de ímãs em escala nano, marcados com anticorpos para facilitar sua adesão aos neurônios do STN.
  • Posteriormente, essas células nervosas foram geneticamente modificadas para se ativarem quando os ímãs girassem.
  • Os cientistas então, injetaram os ímãs nos cérebros de ratos de laboratório com Parkinson em estágios iniciais e avançados.
  • A ativação dos ímãs ocorreu remotamente, em um campo magnético cerca de mil vezes menos intenso do que o de uma ressonância magnética (MRI).

Resultados

Os ratos cujos neurônios foram magnetizados apresentaram melhorias significativas na função motora, equiparando-se aos camundongos saudáveis.

Além disso, os ratos expostos repetidamente ao campo magnético retiveram mais de um terço de suas melhorias motoras.

Os pesquisadores observaram que os neurônios tratados não apresentaram danos notáveis dentro e ao redor do STN, indicando que essa técnica pode ser uma alternativa mais segura aos sistemas tradicionais de DBS implantados.

Os resultados do experimento em detalhes estão em um artigo publicado na revista Nano Letters, indicando que essa abordagem pode ser útil não apenas no tratamento da doença de Parkinson, mas também em outros distúrbios neurológicos, como epilepsia e doença de Alzheimer.

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