Neurocientistas criam música que reduz a ansiedade de 65% dos que a ouvem

som que cura

Ansiedade – esse sentimento de receio, medo, preocupação e pânico – certamente não é nada de novo. Hipócrates escreveu sobre isso no quarto século aC. Como fez Søren Kierkegaard na década de 1860. E Sigmund Freud abordou a desordem em 1926.

No entanto, pulando para o presente estamos vendo um aumento significativo – especialmente na juventude.

As drogas farmacêuticas tendem a ser o tratamento clássico para tratar a ansiedade (bem como as maiores produtoras de dinheiro). Terapia cognitiva é uma abordagem comum também. Aqueles com uma tendência holística muitas vezes se voltam para a meditação, yoga, massagem e outras técnicas de relaxamento. Musicoterapia também tem sido usada com algum sucesso. Mas agora os neurocientistas da Unite Kingdom, Inglaterra, têm começado do zero com uma única música que resulta em uma dramática redução de 65% na ansiedade geral.

Ansiedade & Geração Y

Uma pesquisa realizada em 2013 descobriu que 57 por cento das estudantes universitárias americanas relataram episódios de “ansiedade esmagadora”. E no Reino Unido, a instituição de caridade YouthNet descobriu que um terço das mulheres jovens – e um em cada dez jovens – sofreu ataques de pânico.

Marjorie Wallace, CEO da caridade Sane, acredita que a geração Y (aqueles nascidos nos anos 1980 e 1990) são a geração do desespero. “Crescer sempre foi difícil, mas esse sentimento de desespero? Isso é novo”, diz ela.

Escreve Rachael Dove em Ansiedade: a epidemia que varre a Geração Y:

“Então o que está acontecendo? O surgimento da tecnologia, pais excessivamente protetores e uma escolaridade tipo “fábrica de testes” ​​ estão entre as razões as quais psicólogos sugerem para a nossa angústia geracional. Outra, questão apontada em várias ocasiões por meus colegas e por psicólogos com quem falei, é o luxo (tão ingrato quanto parece) de “muita escolha“.

Pieter Kruger, um psicólogo de Londres, diz que as pesquisas indicam que as pessoas que sentem que não têm escolha são realmente mais resistentes – principalmente porque podem culpar a vida ou outras pessoas se tomam uma decisão errada. No entanto, se você tem uma gama de escolhas, você não tem ninguém para culpar, a não ser você mesmo.

“Nós nos tornamos muito mais obsessivos porque queremos tomar a decisão certa toda vez”, diz ele.

O escritor Claire Eastham, 26, concorda em seu blog We Are All Mad Here:

“Eu passo muito tempo me preocupando com o que vou fazer com a minha vida. As gerações anteriores tiveram a escolha tirada de suas mãos. Se lhe disserem o que fazer, a pressão desaparece.”

Em nossa era moderna, a tomada de decisão pode ser um gatilho para a paralisia. Muitas vezes, vamos obsessivamente pesquisar as muitas opções diferentes, por exemplo, de um par de sapatos.

Eventualmente, a sobrecarga de informação vai chutar e derrubar todo o empenho das compras, deixando-nos exaustos e culpados por ser incapazes de uma tarefa aparentemente simples.

A tecnologia também contribui para o aumento da ansiedade. Um bom número de milenares sentem-se expostos sem seus smartphones – e raramente estão sem eles. Dispositivos móveis tendem a ser sua janela para o mundo e promover um senso de conexão. Mas existe um lado sombrio de sentir a necessidade de manter-se por dentro do que todo mundo está fazendo nas mídias sociais – também conhecido como Fomo, ou o medo de perder.

“Fomo é muito real e pode ser um vício constante que afeta os níveis de ansiedade e a sensação geral de bem-estar”, diz Kruger.

A mídia social nos permite comparar tudo – relacionamentos, dieta, imagem, beleza, riqueza, padrão de vida – não só com nossos amigos, mas com celebridades também. E, como a pesquisa mostrou, o tempo nas mídias sociais “pode ​​causar depressão em pessoas que se comparam com os outros”.

Além de renovar nossos estilos de vida e limitar a exposição às mídias sociais – e aprender a trabalhar com uma abundância de escolha por vezes esmagadora – neurocientistas descobriram que ouvir uma canção especialmente concebida pode ter uma profunda influência sobre os nossos níveis de ansiedade.

A criação da definitiva música Anti-Stress

Pesquisadores da Mindlab International, na Unite Kingdom., queriam saber que tipo de música induz à um maior estado de relaxamento. O estudo envolveu os participantes tentando resolver enigmas difíceis – o que inerentemente desencadeou um certo grau de estresse – enquanto conectados a sensores. Ao mesmo tempo, os participantes ouviram uma variedade de músicas, enquanto os pesquisadores mediram sua atividade cerebral, frequência cardíaca, pressão arterial e taxa de respiração.

O que eles descobriram é que uma canção – “Wheightless” – resultou em uma impressionante redução de 65 por cento na ansiedade geral dos participantes e uma redução de 35 por cento em suas taxas fisiológicas de repouso.

Curiosamente, a música foi especificamente projetada para induzir este estado altamente relaxado. Criado por Marconi Union, os músicos se juntaram com terapeutas de som para organizar cuidadosamente harmonias, ritmos e linhas de base, que por sua vez diminuem a frequência cardíaca e pressão arterial de um ouvinte, ao mesmo tempo em que reduz os hormônios do estresse como o cortisol.

De fato, a música é tão eficaz, que muitas das participantes do sexo feminino tornaram-se sonolentas – ao ponto em que o pesquisador David Lewis-Hodgson não aconselha escutá-la enquanto dirige.

Mas não fique só com as palavras deles sobre ela. Experimente por si mesmo aqui:

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