Adolescente socialmente retraído tem mais chance de pensar em suicídio, aponta estudo

adolescência e suicídio estudo; pesquisa aponta isolamento social em adolescente tem mais chance de pensamentos suicidas; adolescente com fobia social tem mais risco de pensamento suicida; adolescentes com dificuldade de socialização tem mais risco de pensar em suicídio aponta estudo

Estudo adverte sobre maior risco de adolescentes socialmente retraídos pensarem em suicídio

Um recente estudo publicado na revista JAMA Network Open destaca a importância de pais e responsáveis estarem atentos aos sinais de isolamento social em adolescentes.

Enquanto é comum atribuir escolhas como a não participação em atividades escolares ou o afastamento de amigos à angústia típica da adolescência, a pesquisa revela que esses comportamentos podem indicar algo mais profundo.

A pesquisa, conduzida pelo professor associado do departamento de neuropsiquiatria da Universidade de Tóquio, Shuntaro Ando, explora as associações de longo prazo entre diversas categorias de sintomas psicológicos e comportamentais e o desenvolvimento de pensamentos suicidas aos 16 anos.

A ciência associa ansiedade social com altos níveis de QI e empatia

Os resultados, baseados em dados do Tokyo Teen Cohort, indicam que adolescentes que experimentam isolamento social e sintomas somáticos têm duas a três vezes mais probabilidade de desenvolver pensamentos suicidas.

Essas descobertas ressaltam a necessidade de intervenções precoces, conforme destaca o psicólogo John Duffy, que observou resultados semelhantes em sua prática.

Christopher Willard, professor associado de psiquiatria na Harvard Medical School, enfatiza a utilidade do estudo ao identificar mais fatores de risco para o suicídio entre adolescentes.

Os autores reconhecem limitações, como a falta de informações sobre genética e experiências adversas na infância. Mas, destacam a perda de ligações sociais protetoras como explicação para a associação entre retraimento social e pensamentos suicidas.

O estudo também levanta a hipótese de que o sofrimento psicológico pode manifestar-se fisicamente, especialmente em culturas que inibem a expressão emocional.

Willard sugere que a falta de uma rede de apoio pode influenciar negativamente a perspectiva das crianças sobre si mesmas, persistindo ao longo do tempo.

Pais e responsáveis são aconselhados a não interpretar automaticamente o afastamento social como motivo de preocupação.

Porém, devem estar atentos a sinais como alterações extremas de humor e desesperança.

O estudo reforça a importância de buscar ajuda profissional precocemente como medida preventiva para questões mais profundas no futuro.

Fonte: CNN.

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