Neurocientista brasileira de 24 anos cria aparelho que devolve movimentos a quem parou de andar

neurocientista e empreendedora brasileira de 24 anos; cientista brasileira cria aparelho que ajuda pessoas a voltar a andar; forbes under 30 2023 Duda Franklin

A jovem brasileira de 24 anos, Duda Franklin, une as habilidades de neurocientista e engenheira biomédica. E assim, como fundadora da Orby, ela concebeu um dispositivo capaz de restituir movimentos a indivíduos que perderam a capacidade de andar.

Enquanto cursava neurociências na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Duda, listada na Forbes Under 30 2023, teve um encontro inesperado na sala da reitoria com o reitor do Instituto do Cérebro e o renomado neurocientista Sidarta Ribeiro.

Essa reunião não era uma repreensão. Mas uma orientação para corrigir o rumo de Duda, que estava envolvida em pesquisa de sistema embarcado, considerada um desvio de foco pelo reitor.

Ele sugeriu que ela concentrasse seus esforços na neurociência e nos estudos sobre neuromodulação.

A decisão do reitor mostrou-se acertada ao direcionar a jovem cientista. Pois, antes dos 20 anos, Duda Franklin já evidenciava seu talento inovador ao criar o protótipo do que viria a ser sua empresa, a Orby.

A startup desenvolve o Ortech, um dispositivo de neuromodulação não invasiva destinado a proporcionar mobilidade a pessoas que:

  • sofreram acidentes,
  • ficaram em cadeiras de rodas ou
  • foram afetadas por condições como Mal de Parkinson ou AVC.

O público-alvo também inclui pacientes com disfunções neuromotoras ou aqueles na UTI por períodos prolongados, buscando estimular a musculatura e reduzir a dependência de opioides no tratamento da dor.

Os resultados preliminares mostram um paciente em fase de testes que, antes usando um andador, agora caminha com o auxílio de muletas, com a expectativa de recuperar autonomia total em dois anos.

O Ortech está sendo testado no Hospital do Amor, em Campinas (SP), e no CHN, em Niterói (RJ), pertencente à rede DASA.

Este dispositivo, de tamanho reduzido, transmite sinais para os neurônios, ativando movimentos ou modulando a dor, utilizando um sistema que conecta um computador ao sistema fisiológico do paciente.

Carreira de neurocientista

Desde a infância, Duda Franklin destacou-se por sua criatividade e habilidades excepcionais, sendo diagnosticada como criança atípica no Transtorno do Espectro Autista.

Enfrentando desafios como a falta de recursos em um colégio de elite e preconceitos por sua cor e cabelo, ela encontrou refúgio no laboratório e nas bibliotecas, onde desenvolveu seu interesse pela neurociência desde o ensino médio.

Aos 24 anos, acumula diplomas em neurociência e engenharia biomédica, além de mestrados em neuroengenharia e ciência, tecnologia e inovação, junto com formação em empreendedorismo.

Nesse sentido, Duda recusa a ideia de ser apenas uma cientista de laboratório, inspirando-se em inventores empreendedores como Steve Jobs.

Ela faz parte do hub de fundadores da Microsoft for Startups e teve sua empresa investida pelo fundo do Google para fundadores negros em 2023.

Mostrando, portanto, sua preparação para gerir uma empresa enquanto contribui para o desenvolvimento de produtos.

Fonte: Revista Forbes

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