Como driblar a fadiga mental e recuperar o equilíbrio da mente?

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O que é a fadiga mental, por que ficamos com a mente exausta e como evitar o esgotamento mental?

Inspirados no texto de Jamar Tejada, vamos mergulhar no universo da exaustão mental, explorando suas causas e oferecendo conselhos para restaurar o bem-estar psicológico.

À medida que o final do ano se aproxima, é quase como se o tempo tivesse se acelerado e o estresse mental aumentado. A sensação de esgotamento parece ser quase universal, impulsionada não apenas pela rotina acelerada, mas também pelos impactos persistentes da pandemia de covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 60% da população mundial esteja enfrentando a fadiga pandêmica, um cenário onde relaxar se tornou uma habilidade enferrujada.

Este 2023 tem sido um ano onde, ao fim do dia, a única visão convidativa é a própria cama. Muitas vezes mal tenho energia para chegar até lá, perdendo-me no sofá em um estado de exaustão. E não estou sozinho nesse barco, a maioria compartilha esse sentimento de esgotamento.

O desafio é que mesmo sabendo que a fadiga mental deve ser evitada, escapar dela é uma tarefa hercúlea. Nossos cérebros parecem estar sempre em alerta máximo, seja em casa, no trabalho ou até mesmo nos raros momentos de descontração com amigos. Mesmo no lazer, estamos mentalmente vigilantes, temerosos de perder algo importante. Escapar desse esgotamento se torna uma jornada árdua, não é?

Lapsos de memória, irritabilidade crônica, dores de cabeça e musculares, problemas cardíacos, depressão, perda de libido, desregulação do apetite, insônia ou excesso de sono, até mesmo diabetes – todos são reflexos desse clima constante de tensão. Corpo e mente estão interligados, dependendo um do outro para a vitalidade, motivação e autoestima.

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O que define a fadiga mental?

A fadiga mental é um estado de exaustão mental que drena a energia destinada às atividades diárias, sinalizando que ultrapassamos nossos limites e não possuímos mais recursos mentais ou emocionais para enfrentar desafios. Embora seja esperado ao realizar tarefas que demandam extrema dedicação e concentração, como exames, entrevistas de emprego, apresentações no trabalho ou conversas difíceis, seria estranho passar por essas situações sem se cansar. No entanto, manter esse esgotamento como um padrão leva ao adoecimento mental e físico.

Apesar de associarmos a fadiga mental ao excesso de trabalho, o que é verdadeiro, há outros fatores que contribuem significativamente e muitas vezes passam despercebidos. Quais são eles?

Sobrecarga de estímulos e informações

Imagine lidar com as responsabilidades diárias no trabalho, em casa ou em sua vida pessoal, enquanto permanece constantemente conectado às redes sociais ou à televisão, submetido a um dilúvio de informações e estímulos. Não há como recarregar as energias sem desligar o interruptor.

Extensão do trabalho

Embora o home office tenha suas vantagens, muitas vezes ele ultrapassa os limites entre vida pessoal e profissional, levando a sacrifícios das atividades pessoais em prol da produtividade. Essa falta de pausas esgota os recursos mentais, resultando em menos produtividade e mais cansaço.

Excesso de telas

Não é segredo que a dependência de telas, sejam smartphones, notebooks ou tablets, se tornou uma necessidade ou até mesmo um hábito. Sentir a necessidade de estar sempre conectado ao mundo gera um esgotamento mental e uma sobrecarga de informações e imagens, cobrando um alto preço.

Transtornos mentais e emocionais

Ansiedade, depressão e síndrome do pânico desequilibram o sistema nervoso central, resultando em fadiga mental. E vice-versa. Indivíduos com síndrome do pânico, por exemplo, tendem a evitar o contato interpessoal, afetando seu trabalho e vida pessoal, contribuindo ainda mais para o esgotamento mental. O burnout, por sua vez, é um esgotamento geral associado ao excesso de trabalho e à despersonalização do indivíduo.

Sobrecarga de preocupações

Preocupações diante de situações novas ou ameaças são naturais, porém, quando se tornam recorrentes, geram queda na disposição e na energia, resultando em fadiga mental.

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Diferença entre cansaço físico e mental

Enquanto o cansaço físico decorre de tarefas extenuantes que geralmente são recuperadas com descanso ou sono, a fadiga mental surge de atividades que demandam esforço mental ou emocional, podendo incluir sintomas físicos.

Ao contrário do cansaço físico, a fadiga mental melhora quando nos desconectamos das preocupações ou quando reduzimos a velocidade dos pensamentos, permitindo que os neurônios desacelerem.

Para minimizar o impacto da fadiga mental, certos fitoterápicos podem ser úteis, mas mesmo com essa ajuda, é crucial rever alguns hábitos. Para lidar melhor com a fadiga, a solução muitas vezes envolve abandonar velhos padrões mais do que adotar novos.

Dicas fundamentais para aliviar e prevenir o esgotamento cerebral

A prática de exercícios físicos continua sendo uma das melhores estratégias para combater a fadiga mental. O gasto calórico relacionado ao esforço muscular pode equilibrar nossas preocupações mentais e contribuir para um equilíbrio.

Além disso, os exercícios liberam endorfinas, relacionadas à sensação de bem-estar, reduzindo o estresse e até mesmo a dor. Aqui estão algumas dicas:

  • Evite interromper uma tarefa com mensagens e e-mails, seja proativo e conclua o que iniciou.
  • Delegue funções, mesmo que acredite ser o único capaz. Menos trabalho significa mais tempo para se concentrar em uma coisa por vez.
  • Diminua o ritmo e não sobrecarregue suas tarefas. Não é preciso ser responsável por tudo. Ir mais devagar permite observar com atenção o caminho sem perder a visão do entorno.
  • Priorize as tarefas importantes, uma de cada vez. Pequenos passos reduzem a sobrecarga.
  • Se sentir bloqueado ao finalizar uma tarefa, permita-se um intervalo para o momento presente, observe ao seu redor e respire. Um chá, um café, uma conversa rápida podem oferecer uma nova perspectiva. Não pule para a próxima tarefa; dê a si mesmo a oportunidade de concluir com um olhar fresco.
  • A meditação continua sendo uma atividade altamente recomendada, ativando endorfinas, reduzindo o estresse, melhorando o sono, diminuindo a dor, elevando a autoestima e combatendo a depressão. Além disso, a meditação oferece uma nova visão dos problemas, tornando-os menos intimidantes.
  • E por fim, mas crucialmente importante: se sentir que não está dando conta, se perceber que a exaustão é uma via de mão única, procure ajuda profissional especializada. Reconhecer os sinais de que a saúde mental não está bem é o primeiro passo para a recuperação.

Fonte: Revista Bons Fluidos via Terra

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